História
Há muitos anos, mais especificamente em 22 de agosto de 1846, o escritor inglês William John Thoms teve o bom senso de criar a expressão "Folk-Lore". O termo "Folk" significa povo e o termo "Lore" significa conhecimento. Dessa forma, a junção das duas palavras, significa o saber tradicional de um povo, a designar as antiguidades populares, ou seja, costumes, contos, lendas, tradições, crenças, adágios, provérbios, superstições, enfim tudo o que esteja relacionado com o país e o seu povo.
Nunca é de mais repetir, estamos na presença de uma ciência e, porque de ciência de trata, vamos considerá-la como tal, colocá-la no lugar a que tem direito, vamos ter por ela o devido respeito, e é esse respeito que merecem os nossos antepassados e as suas tradições, O folclore deve ser tomado como a cultura básica de um povo, logo esse povo, já, mais se poderá separar daquilo com o que se verdadeiramente se identifica.
Foi num contexto de ameaça de rotura e desvanecimento de referentes culturais face a uma eventual assimilação por culturas exógenas, do fenómeno da globalização e de algum distanciamento dos indivíduos relativamente às suas culturas e origens, que se assistiu a uma crescente valorização das identidades, do património e das memórias coletivas locais em Portugal, na era pós 25 de abril. Assim, neste prisma, formou-se, em 1977, a Federação do Folclore Português, sendo um dos seus principais fundadores o Grupo Folclórico da Região do Vouga.